Luís Sttau Monteiro. Fonte: Newsmuseum Estamos perante um dos maiores críticos gastronómicos de Portugal, o qual infelizmente tem sido pouco trabalhado. Existem dois livros relevantes que abordam esta temática, um de Fátima Iken e outro de Ana Marques Pereira. Fátima Iken foca-se na análise do período entre 1969 e 1975 e, por coincidir em parte com o período que analisamos, afastamos o seu uso, pois após uma leitura percebemos que carece de um enquadramento geral, quer do jornal, quer do suplemento, que cremos fundamental. Já a obra de Ana Marques Pereira, explora principalmente os apontamentos de Sttau Monteiro, transcrevendo-os. “Criar é uma forma de lutar contra a morte!” (Varela,1978) – esta afirmação de Sttau Monteiro sintetiza de forma eloquente a natureza do seu labor intelectual e artístico. Ao longo de uma carreira como romancista e tradutor e, menos reconhecidamente, como critico gastronómico, atrav...
Qual a origem dos cuscos? Como se produzem? Para resolvermos a primeira questão recorremos a várias fontes fidedignas. Para respondermos à segunda questão, fomos para o terreno. Venha connosco! Origem Segundo Isabel Drummond Braga o cuscuz tem origens magrebinas, ainda que seja discutível, continua presente numa ampla zona “que se estende desde o Mediterrâneo ao Golfo da Guiné e do atlântico aos confins do deserto Líbio” (Braga, p.125). Com a presença muçulmana na Península Ibérica, a partir do século VIII, foram introduzidas várias práticas e novos hábitos, alguns dos quais se mantiveram até aos dias de hoje. “(…) importa referir que em dois receituários do século XIII, o anónimo Kitab al tabikh fi-l-Maghrib wa-l-Andalus fi’ asr al-Muwahhidin, li-um’allif majhul, ou seja, o Livro de cozinha do Magrebe e do al-Andaluz na era almóada, por um autor desconhecido, datado ...