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RESTAURANTE A COZINHA - CHEFE ANTÓNIO LOUREIRO

Chefe António Loureiro. Fonte: recicla.pt Chama-se António Loureiro e é o chefe e empresário ao volante deste automóvel de alta cilindrada - restaurante A Cozinha. O artigo definido que precede o nome do restaurante enquadra-se perfeitamente no conceito e qualidade lá exibida, não fosse esta a cozinha mais singular de Guimarães.  A sub-chefia está a cargo de Elson Almeida, meu antigo companheiro de fogões.  Sala do restaurante. Fonte: restauranteacozinha.pt Cada vez que janto neste tipo de restaurantes é claro que, para mim, torna-se difícil desassociar o lado técnico do lado mais primitivo e humano que é o do prazer e, não só, mas também por isso, considero que o jantar foi pautado pela coerência, segurança e humildade.  Características - coincidência ou não - condizentes com a personalidade de António Loureiro.  Talvez não seja o parâmetro mais importante numa avaliação a um restaurante ou que seja tido em conta neste tipo de textos, mas para mim é relevante, pois não os visito para

A CIÊNCIA DA MASSA FOLHADA

Como se faz a massa folhada? Por que folha a massa folhada? O que é a massa folhada invertida? Como se faz a massa folhada invertida? São alguns dos tópicos que desenvolvo nesta publicação. Tempo estimado de leitura: 4 min À parte o sabor que a manteiga confere à massa, também tem um papel decisivo desta folhar. A manteiga não é apenas composta por gordura, mas também por água. Quando submetida a altas temperaturas a água evapora. Esse vapor é que irá criar as várias camadas ocas, entre a massa, depois de cozida claro. Para que o produto final obtenha as características ideais, que uma boa massa folhada deve ter, as diferentes camadas de manteiga devem estar distribuídas uniformemente pela massa.  Se a manteiga, durante o processo, se incorporar na massa obviamente o resultado final será o oposto do pretendido. Devemos trabalhar a manteiga e a massa a uma temperatura sempre baixa. Normalmente a manteiga começa a amolecer aos 15 graus celsius e derrete total

EPUR - VINCENT FARGES

O restaurante situa-se no largo da Academia Nacional de Belas Artes, nº14, em Lisboa.  Aos comandos está o veterano Vincent Farges .  Tempo estimado de leitura: 3 min Vincent Farges. Fonte:publituris.pt Tem uma sala relativamente pequena. Divide-se em duas para que o ambiente, caso não esteja tão composta, se torne mais acolhedor. A vista sobre Lisboa não passa despercebida de tão deslumbrante que é.  A decoração é minimalista, digo, depurada, assim como a cozinha que por lá se exibe.  Fomos muito bem recebidos como seria expectável. De um modo geral o jantar cumpriu as expectativas. É uma cozinha sem grandes fireworks . Muito centrada no essencial. Poucos  elementos em cada prato, mas trabalhados em várias texturas.  Tudo o que chega à mesa, por muito simples que seja, é muito bem executado e isso, como bem sabemos, tem um grande valor.  É um patamar que se consegue ao fim de muitos anos e só com alguma maturidade. Um nível como é raro encontrar num Portug

CHEFE MILTON FERREIRA - QUINTA DO PORTAL

Cruzamo-nos por sorte do destino há 12 anos. Cada um seguiu o seu percurso e agora, nestas linhas, voltamos ao alinhamento pensante e conjunto do futuro.  Não segue os padrões e, por isso, afirma-se singular. Possui uma das qualidades que sempre nele admirei - humildade.  Abriu-me as portas da Quinta e as da sua intimidade confessando-me que momentos houve em que chorou. Teve medo. Superou. Errou. Aprendeu.  Abraça as dificuldades e transforma-as em energia - é este o Milton. Tempo estimado de leitura: 16 min. Chefe Milton Ferreira Fotografia de: Caitli Subramaniam Que tipo de trabalho desenvolves na Quinta do Portal? MF - Neste momento, na Quinta do Portal, estou responsável por toda a área de F&B,  além da gestão da cozinha. Na Quinta de Portal temos uma filosofia de evolução constante. Proporcionamos sempre experiências gastronómicas aos nossos clientes com uma gastronomia de referência e Vinhos Portal de elevada qualidade. Cabe-me a mim a função de manter a nossa filosofia. É p

A CIÊNCIA DE COZINHAR COM CANNABIS

O objetivo desta publicação visa essencialmente a exploração do potencial desta planta na culinária.   É um tema tabu em Portugal , como foi tabu o direito de voto das mulheres ou a liberdade de expressão, no passado. Por isso, não só mas também, abordo o tema, não fosse a ignorância a mãe de todas as tradições. Montesquieu Nos EUA já é usado inclusivé na alta cozinha, com moderação, consciência e responsabilidade.  Afirma-se por lá também que a cannabis, no futuro, será um ingrediente banal. O texto, no jornal Observador , de Rita Cipriano, atesta isso mesmo. (o link está no fim desta publicação). Relembro que o  cultivo e a comercialização da cannabis , em Portugal, é punida com pena de prisão.  Tempo estimado de leitura: 13 minutos História breve Cannabis sativa é uma planta nativa do sul da Ásia. Já é cultivada há pelo menos 6000 anos. Foi usada, na antiguidade, para fins terapêuticos e em rituais funerários. É descrita por Garcia de Orta (médico português que viveu na Índia no

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